sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Quilombo urbano

Fica na região de Campinas, em São Paulo, a primeira comunidade quilombola fora da área rural a ser reconhecida oficialmente. São cerca de150 descendentes de escravos, reunidos em 34 casas

Envolvido pelo crescimento urbano e delimitado por ruas do Jardim Santa Filomena, na periferia da cidade, o quilombo tem uma área aproximada de 120 mil metros quadrados, onde vivem cerca de 150 pessoas, em 34 casas, cuja arquitetura lembra a imagem simples de qualquer bairro pobre. Perto dali, também se ergue um condomínio de alto padrão, aquecido pelo crescimento do mercado imobiliário dos últimos anos. O Quilombo Brotas, que ganhou o nome por causa das cinco nascentes que existem no local, tem um século e meio de história e uma particularidade. Diferente da maioria das áreas que acomodavam negros que fugiam das fazendas, o quilombo de Itatiba é fruto de uma compra que demorou pelo menos 30 anos para ser concretizada. Como na memória nem sempre os dados são precisos como seriam num papel, sabe-se apenas que no final da primeira metade do século XIX, um casal de escravos, Emília e Isaac Lima, depois de alforriados, pensando ter um lugar para morar, começou a juntar o dinheiro que conseguiam em pequenos trabalhos, como na venda de doces pelas ruas. A aquisição das terras, ao que se sabe, ocorreu em 1879 e, depois da abolição da escravatura, em 1888, o lugar tornou-se moradia de muitos negros que não tinham para onde ir. Emília e Isaac tiveram uma filha: Amélia, que é avó de Tia Aninha. Conforme eles juntavam os trocados, tudo ia sendo colocado num baú, até hoje preservado como relíquia no quilombo. Está na casa de Tia Lula, uma mãe-de-santo falecida em 2006, mas que tem sua morada preservada no ponto mais alto de Brotas. Tia Aninha tem um sobrenome que, por lá, quase todo mundo também carrega.

Durante muito tempo, Brotas foi ignorado pelos órgãos que lutam pela preservação do patrimônio cultural do País. O local só foi reconhecido como quilombo pela Fundação nstituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) em 2004. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) só o fez há dois anos. "Ficamos esquecidos pela própria falta de articulação das pessoas que vivem aqui. Não havia uma organização", conta Rosemeire Barbosa, presidente da Associação Cultural Quilombo Brotas, criada em 2006 para recuperar a cultura e lutar por melhorias no local. Um livro já foi lançado com as histórias do quilombo: Guardiãs da História, coordenado por Rosemeire, reconta a trajetória desse povo a partir do olhar das mulheres que vivem no local. "Quando morre um idoso aqui, dizemos que uma biblioteca está indo embora", diz.

Mata de Santa Genebra: livro retrata as riquezas do maior fragmento florestal do município de Campinas

O livro Imagens e Encantos da Mata de Santa Genebra, escrito pelo pesquisador da Embrapa, José Roberto Miranda, foi lançado na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi em evento realizado no dia 27 de novembro. O livro, publicado em edição bilíngüe de arte, foi produzido pela 3S Projetos e Editora Komedi. Cerca de 90 pessoas passaram pelo evento, que contou ainda com uma palestra sobre a mata apresentada pelo autor.

A Mata Santa Genebra é um patrimônio natural e público e sua preservação é essencial, pois serve como refúgio e fonte de dispersão de inúmeras espécies animais e vegetais para a colonização e enriquecimento de outros fragmentos florestais da região. O objetivo do projeto, viabilizado através do apoio das empresas Pöyry Tecnologia, Kraton e Matera Systems, é agregar um maior conhecimento na comunidade local e regional sobre a importância desta “ilha de biodiversidade”, e despertar um maior comprometimento com sua conservação atual e futura. (maiores informações, clique no título)

Embrapa e Inpe concluem projeto para qualificação dos dados de desmatamento

A Embrapa e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) se reuniram em São José dos Campos (SP), no dia 28 de novembro, para articular o projeto em rede sobre qualificação dos dados de desmatamento na Amazônia Legal. O principal objetivo é caracterizar o uso das terras em áreas desmatadas, identificadas pelo Prodes - Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia-, metodologia desenvolvida pelo Inpe. (maiores informações, clique no título)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

IV Encontro Mestres do Mundo / III Seminário Nacional de Culturas Populares

Entre os dias 2 e 6 de dezembro cerca de 300 Mestres da Cultura de vários Estados brasileiros e de países da América Latina participarão do IV Encontro Mestres do Mundo e do III Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares.
O evento reunirá Mestres do Som, do Corpo, da Oralidade, do Sagrado e das Mãos, todos eles portadores da tradição nas diversas vertentes da cultura popular brasileira e ainda com representantes de aspectos da cultura internacional.

Na programação, estão agendados encontros, oficinas, seminários e apresentações artísticas. Todas as atividades serão realizadas nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, na região do Cariri, sul do Ceará, a cerca de 560 km de Fortaleza.

Todas as noites serão encerradas com apresentações de grupos populares tradicionais em shows em dois palcos montados no pátio do Memorial Padre Cícero, em Juazeiro do Norte.

Com o objetivo de fortalecer o intercâmbio entre saberes e fazeres, valorizando os Mestres da Cultura como mantenedores das tradições coletivas, o IV Encontro Mestres do Mundo é uma promoção do Ministério da Cultura (Minc) por meio da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID) e do Governo do Ceará, através da Secretaria da Cultura do Estado (Secult), com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e o apoio do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC).

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Resultados do Inventário da Região Central são apresentados ao Condepacc

Condepacc estuda tombar 197 imóveis no Centro
Processo de preservação inclui construções de 1872 a 1929

O Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) decidiu abrir processo de tombamento do maior pacote de imóveis nos 20 anos de existência do órgão de preservação. De uma única vez, o conselho vai analisar 197 imóveis, todos eles no Centro da cidade, construídos entre 1872, quando a ferrovia chegou a Campinas, e 1929, data do levantamento cadastral do perímetro urbano da cidade, realizado no governo do prefeito Orosimbo Maia.
As 197 casas e estabelecimentos comerciais estão dentro do perímetro delimitado pelas Avenida Aquidabã, Rua Irmã Serafina, Avenida Anchieta, Rua Guilherme da Silva, Avenida Júlio de Mesquita, Rua Olavo Bilac, Rua Carlos Guimarães, Avenida Orosimbo Maia, Rua Jorge Krug, Avenida Barão de Itapura, Rua Dr. Ricardo, Rua Lidgerwood e Avenida dos Expedicionários. Até o tombamento final, eles não poderão ser modificados sem autorização prévia do Condepacc. Essa decisão, no entanto, não modifica muito a situação em que já estão porque todos eles estão dentro da área envoltória de prédios históricos, o que já garantia uma imposição de preservação.
Os 197 agregados ao estudo foram selecionados por uma equipe coordenada pela arquiteta Rita de Cássia Francisco, que tomou como base o Inventário da Região Central de Campinas, realizado dentro do Programa de Políticas Públicas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e coordenado por Silvana Rubino e Daisy Ribeiro.
Nesse recorte territorial, estão imóveis como o Palácio da Justiça, o Mercado Campineiro, o conjunto de antigas casas da bucólica Rua do Rocio, Rua 13 de Maio, entre muitos outros. O inventário utilizado para embasar a definição dos bens a serem preservados é formado por um levantamento histórico com mapas, protocolos e plantas que possibilitaram o cadastro de aproximadamente 6,7 mil registros de pedidos de reforma, ampliações, construções de imóveis entre 1892 e 1945.

Transformação
São imóveis que testemunham um período em que o espaço geográfico campineiro foi transformado pela crescente urbanização consolidada pelo processo de industrialização. Desse mecanismo, surgiu um novo padrão urbanístico.
Rita explicou que a escolha dos imóveis relacionados para tombamento ocorreu após pesquisa histórica e de campo, levando em consideração a organização dessas construções na área central, de maneira que pudessem ser reunidas em grupos. Os grupos consideraram os padrões urbanísticos de ocupação, as características de implantação e tipologia predominante das edificações, a preexistência de áreas envoltórias de bens tombados, cuja regulamentação contribuiu para a disciplina e a conseqüente configuração das atuais formas de ocupação, visando à contextualização dos bens.

Fonte: Trechos da matéria de Maria Teresa Costa, publicada no Correio Popular de 02/12/2008. Foto: Conjunto de imóveis do entorno da Casa de Saúde. Acervo CSPC/Inventário.

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