O sábado chuvoso não ofuscou a importância de um momento histórico para Campinas e, sobretudo, para os afrodescendentes, que passam a contar a partir de agora com o Centro Campineiro da Memória Afrobrasileira – um espaço permanente de exposições, palestras e demais atividades sobre a cultura afro, instalado no Palácio da
Mogiana, na região central.
O Centro foi inaugurado neste sábado, dia 28 de novembro, pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos, com a abertura da exposição "Africanidades - Máscaras e Esculturas da Arte Africana", que reúne um acervo de 119 peças de mais de 30 etnias africanas do professor Rogério Cezar Cerqueira Leite, ex-secretário municipal de Cultura - gestão de 2005 a 2008. O evento reuniu secretários municipais, representantes da cultura e do Movimento Negro, deputados,
representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas, da Universidade de Campinas, Associação Comercial e Industrial de Campinas, entre outros.
Segundo o prefeito, o Centro e a exposição marcam um novo tempo para a história da cidade. “Campinas tem responsabilidade no ressarcimento com a comunidade negra e, esse Centro dá passos importantes nesta direção. É preciso lembrar a importância da cidade, tanto no cenário escravocrata, que sacrificou tantas vidas, quanto também como um dos berços de quadros ilustres do movimento abolicionistas no país, com integrantes como Francisco Glicério, Quintino Bocaiúva, Joaquim Nabuco, Elvira Benedito, que lutaram pela igualdade racial.”
Dr. Hélio lembrou ainda a importância da Cia. Mogiana, neste processo de construção de um novo cenário racial, por não aceitar a mão-de-obra escrava nos seus trilhos no passado e, agora, sediar no seu Palácio, o Centro de Memória Afrobrasileira.
Mogiana, na região central.
O Centro foi inaugurado neste sábado, dia 28 de novembro, pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos, com a abertura da exposição "Africanidades - Máscaras e Esculturas da Arte Africana", que reúne um acervo de 119 peças de mais de 30 etnias africanas do professor Rogério Cezar Cerqueira Leite, ex-secretário municipal de Cultura - gestão de 2005 a 2008. O evento reuniu secretários municipais, representantes da cultura e do Movimento Negro, deputados,
representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas, da Universidade de Campinas, Associação Comercial e Industrial de Campinas, entre outros.
Segundo o prefeito, o Centro e a exposição marcam um novo tempo para a história da cidade. “Campinas tem responsabilidade no ressarcimento com a comunidade negra e, esse Centro dá passos importantes nesta direção. É preciso lembrar a importância da cidade, tanto no cenário escravocrata, que sacrificou tantas vidas, quanto também como um dos berços de quadros ilustres do movimento abolicionistas no país, com integrantes como Francisco Glicério, Quintino Bocaiúva, Joaquim Nabuco, Elvira Benedito, que lutaram pela igualdade racial.”
Dr. Hélio lembrou ainda a importância da Cia. Mogiana, neste processo de construção de um novo cenário racial, por não aceitar a mão-de-obra escrava nos seus trilhos no passado e, agora, sediar no seu Palácio, o Centro de Memória Afrobrasileira.
Agradecimento
Num discurso emocionado, o prefeito agradeceu o professor Cerqueira Leite, “pelo acervo de reconhecimento nacional”, e pela sua personalidade como destaque mundial. “O professor foi meu secretário e, em 2005, quando esse prédio começou a ser resgatado, referindo-se ao Palácio da Mogiana. Graças também ao seu esforço, a cidade ganha um
grande espaço de cultura, que passa a ser um patrimônio do Brasil”. Ele também lembrou o apoio de todos os envolvidos no projeto: a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (SMCAIS) - por intermédio da Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Cepir) - e da Secretaria Municipal de Cultura, com
apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).
Dr. Hélio complementou que muitas pessoas desconhecem a consanguinidade de Cerqueira Leite com Francisco Glicério e lembrou também que recentemente foi citado numa pesquisa escolar como o primeiro afrobrasileiro na Universidade Estadual de Campinas. Ao ser abordado, ele ressaltou que “o mais importante é que todos tenhamos
consciência que somos iguais, independentemente da raça.”]
Cerqueira Leite, por sua vez, agradeceu a oportunidade de mostrar o seu acervo e reafirmou o interesse pela africanidade. “Participo desse trabalho como um membro desta cultura afro, referindo-se à descendência com Francisco Glicério, seu tio-bisavô.”
A secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Darci da Silva, enfatizou a generosidade de Cerqueira Leite pelo acervo e destacou que a exposição marca a continuidade das inúmeras realizações da comunidade negra em Campinas.
Ela citou os projetos em andamento em sua Pasta como a instituição do Selo da Diversidade de Raça, Etnia,Gênero e Idade Racial, a reforma da primeira casa de lazer da Comunidade Negra de Campinas, que está no Plano de Metas da Administração. “As ações marcam a continuidade da luta de Zumbi e de toda a comunidade negra pela igualdade e inclusão social.”
O deputado federal, Carlos Zarattini, que acompanhou a abertura, enfatizou que o espaço procura mostrar que o Brasil é um conjunto de várias raças e por isso tem força para superar e sobreviver a todas as crises. Essa é a força do nosso povo e um incentivo constante para superar o racismo.
“Campinas deve muito ao prefeito por ter garantido esse direito de resgate da sua história, com esse novo espaço”, afirmou o pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Mohamed Habib. “Esse Centro mostra que a nossa sociedade é plural, que a cultura brasileira é africana e que a humanidade também é africana. Com esse resgate,
pagamos parte dessa dívida que temos com o povo afro e com a nossa história. disse. Habib destacou ainda a importância de Cerqueira Leite para a Unicamp, como intelectual nos campos da Energia, do Meio Ambiente, da Cultura.
A representante da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas (CLC), Adriana Flosi, expressou seu orgulho em participar da recuperação do prédio, numa grande parceria, e receber agora essa exposição.
Autoridades
Acompanharam as atividades representantes da Comunidade Negra e autoridades, entre eles Benê Paulino, Coordenador da Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial; a presidente do Conselho Municipal para a Comunidade Negra, Regina Barbosa Mendonça, Sebastião Arcanjo, secretário municipal de Trabalho e Renda; Laerte Martins, economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas, os secretários Osmar Costa (Infraestrutura), Alair Roberto Godoy (Planejamento e Desenvolvimento Urbano), José Tadeu Jorge (Educação), Arthur Achilles (Cultura), Paulo Malmann (Finanças) e também o deputado Federal Ricardo Zarattini.
O Centro Campineiro de Memória Afrobrasileira fica à Rua Visconde do Rio Branco, 468 – no Palácio da Mogiana.A exposição Africanidades traz máscaras e esculturas da Arte Africana.
Num discurso emocionado, o prefeito agradeceu o professor Cerqueira Leite, “pelo acervo de reconhecimento nacional”, e pela sua personalidade como destaque mundial. “O professor foi meu secretário e, em 2005, quando esse prédio começou a ser resgatado, referindo-se ao Palácio da Mogiana. Graças também ao seu esforço, a cidade ganha um
grande espaço de cultura, que passa a ser um patrimônio do Brasil”. Ele também lembrou o apoio de todos os envolvidos no projeto: a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (SMCAIS) - por intermédio da Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Cepir) - e da Secretaria Municipal de Cultura, com
apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).
Dr. Hélio complementou que muitas pessoas desconhecem a consanguinidade de Cerqueira Leite com Francisco Glicério e lembrou também que recentemente foi citado numa pesquisa escolar como o primeiro afrobrasileiro na Universidade Estadual de Campinas. Ao ser abordado, ele ressaltou que “o mais importante é que todos tenhamos
consciência que somos iguais, independentemente da raça.”]
Cerqueira Leite, por sua vez, agradeceu a oportunidade de mostrar o seu acervo e reafirmou o interesse pela africanidade. “Participo desse trabalho como um membro desta cultura afro, referindo-se à descendência com Francisco Glicério, seu tio-bisavô.”
A secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Darci da Silva, enfatizou a generosidade de Cerqueira Leite pelo acervo e destacou que a exposição marca a continuidade das inúmeras realizações da comunidade negra em Campinas.
Ela citou os projetos em andamento em sua Pasta como a instituição do Selo da Diversidade de Raça, Etnia,Gênero e Idade Racial, a reforma da primeira casa de lazer da Comunidade Negra de Campinas, que está no Plano de Metas da Administração. “As ações marcam a continuidade da luta de Zumbi e de toda a comunidade negra pela igualdade e inclusão social.”
O deputado federal, Carlos Zarattini, que acompanhou a abertura, enfatizou que o espaço procura mostrar que o Brasil é um conjunto de várias raças e por isso tem força para superar e sobreviver a todas as crises. Essa é a força do nosso povo e um incentivo constante para superar o racismo.
“Campinas deve muito ao prefeito por ter garantido esse direito de resgate da sua história, com esse novo espaço”, afirmou o pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Mohamed Habib. “Esse Centro mostra que a nossa sociedade é plural, que a cultura brasileira é africana e que a humanidade também é africana. Com esse resgate,
pagamos parte dessa dívida que temos com o povo afro e com a nossa história. disse. Habib destacou ainda a importância de Cerqueira Leite para a Unicamp, como intelectual nos campos da Energia, do Meio Ambiente, da Cultura.
A representante da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campinas (CLC), Adriana Flosi, expressou seu orgulho em participar da recuperação do prédio, numa grande parceria, e receber agora essa exposição.
Autoridades
Acompanharam as atividades representantes da Comunidade Negra e autoridades, entre eles Benê Paulino, Coordenador da Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial; a presidente do Conselho Municipal para a Comunidade Negra, Regina Barbosa Mendonça, Sebastião Arcanjo, secretário municipal de Trabalho e Renda; Laerte Martins, economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas, os secretários Osmar Costa (Infraestrutura), Alair Roberto Godoy (Planejamento e Desenvolvimento Urbano), José Tadeu Jorge (Educação), Arthur Achilles (Cultura), Paulo Malmann (Finanças) e também o deputado Federal Ricardo Zarattini.
O Centro Campineiro de Memória Afrobrasileira fica à Rua Visconde do Rio Branco, 468 – no Palácio da Mogiana.A exposição Africanidades traz máscaras e esculturas da Arte Africana.
30/11/2009, 08:30
Autor: Denise Pereira
Autor: Denise Pereira
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